Tangia o meu rebanho imaginário


Brutalmente assassinado, algo que não merecia. Pelo que foi, o meu coração não pára de latir em silêncio.
Entre nós, tinha se criado um vínculo fortíssimo e estabelecido um pacto informal de confiança mútua, entendíamo-nos só de olhar um para o outro, supria a necessidade de eu ter um amigo e um guardião a postos. Independentemente da sua estatura numa postura de gigante inconsciente da sua pequenez fazia frente a qualquer um... um extraordinário conforto psicológico.
Capaz de encarar todas as pessoas com aquela inocente confiança, que nunca distingue quem o quer bem ou mal...
Lembro me agora das constantes manifestações de satisfação pela minha chegada e presença.
É triste ver alguém com quem crescemos juntos partir, principalmente quando sabemos que foi da pior forma possível.
Era um verdadeiro “SENHOR” e as suas atitudes e postura, ao longo da vida, demonstram-no.
Desta vez quando chegar não hás-de estar lá, mas espero encontrar uma manta desajeitada no chão da cozinha, uma tigela de água rachada na borda e uma porção de ossos enterrados nos vasos da varanda.
Resta a recordação de momentos, como as manhãs, quando saíamos juntos para comprar o jornal e um croissant.
Para além das boas memórias, que aliás são muitas, fica a memória de dois enormes e meigos olhos cor de mel, que nas tardes de Inverno se enrolavam no chão da varanda para apanhar um pouco de sol.

Um sketch genial...


"Há um momento em que a paciência deixa de ser uma virtude." Edmund Burke
Foi ele que disse e não eu....

Porque as anedotas são o galanteio de uma bela piada


A vida é o que acontece nos intervalos dos nossos planos...

Ousadias

Passou se um mês sem publicar nada aqui, mas é com incomensurável e arrebatador prazer que aqui manifesto a imensa alegria de saber que um blogue não é um emprego, e que me posso baldar de vez em quando. Depois de umas semanas sem tempo e inspiração para “Blogues”, tantos são os afazeres que me consomem! Espero poder, a partir desta semana vir aqui mais vezes. Afinal de contas escrever Post’s tem de ser variável, conforme o nosso tempo, por vezes devem existir silêncios, daí a menor produção desde o ano novo, só posso dizer que a disponibilidade não tem sido grande, o que também quer dizer, e ainda bem, que tenho mais para fazer. Isto, para não falar da digestão obrigatória que tive de fazer, do salto que acabo de dar, pois se bem me lembro estava a festejar o ano novo com os meus amigos em Portugal, e só me lembro de acordar no dia seguinte com um pé já em Itália pronto para outras aventuras. O que se terá passado neste mês de especial? Na realidade, muita coisa mesmo, entre muitas caras novas, e um trabalho que apesar de imenso não deixa de ser gratificante, muitas pequenas histórias para contar... Já não conto as passadas, mas prometo relatar as futuras...